27 outubro 2011

Musica

As vezes sentado a frente do meu computador e a ouvir a nossa musica(caboverdiana), ponho-me a pensar e tentar perceber o que vem mudando nela, que característica tem o meio musical caboverdiano.
Oiço também muita musica brasileira e partir daí tento comparar esse dois meios, o meio da musica brasileira(MPB) e a musica Caboverdiana. Observando e ouvindo vários trabalhos dos artistas do MPB chegamos a conclusão que em quase todos, para não dizer em todos, existem duetos, vejo mesma musica cantado por dois ou mais artista e cada um com a sua roupagem, eles, os brasileiros, tentam sempre ir buscar um sucesso antigo para colocar nos seus trabalhos discográficos, ou um sucesso de outro artista que sejam seus contemporâneos. E porque que o nossos músicos não fazem o mesmo? Existe um grupo muito restrito de artista que tentam sempre ter um trabalho discográfico com participação de outro artista, mas o leque diminui mais ainda quando queremos ver trabalhos reeditados.
Com artistas " pop Caboverdiano", melhor dizendo, artistas de zouklove, cabolove, kizomba, etc, é muito raro ou nunca ver reedição de um trabalho que tenha sido gravado por eles e que foi um sucesso ou que gravado por outro artista, porque será? É um fenómeno que gostava de perceber.
Não penso isto tudo a toa não, tenho um canal no youtube em que postei algumas musicas antigas e tenho acompanhado as reacções dos meus "ouvintes", diga-se de passagem que cada dia tenho mais feedback, pois eles sentem a falta das musicas antigas que foram um sucesso e é nesse sentido que faço comparações com os músicos brasileiros (MPB)que normalmente tentam sempre ir buscar uma musica que tenha tocado muito há alguns anos atrás para, e depois de o lifting, la estar a musica num disco recente e que geralmente faz sucesso, porque para alem de reavivar a memoria dos mais antigos acaba por conquistar os mais novos como conquistou os jovens do passado.
E porque não seguir esse caminho, bem como aumentar a percentagem de shows com banda?
Qual é o incentivo do ministério da cultura?
Será que o numero de instrumentistas caboverdiano esta a diminuir?
Será o show mais barato?? e a qualidade??

Ainda bem que existe o Tito Paris que pensa diferente, sem contar com a Nancy, Lura, Ferro Gaita entre outros em que os seus shows são sempre live porque as musicas são tradicionais.
Não poderia deixar de realçar o trabalho do Grace Évora e da Dina Medina com os seus dvd's ao vivo. Creio eu que o pessoal da Holanda quer voltar a conquistar a musica Caboverdiana, a maioria dos grupos musicais fizeram sucesso ou nasceram no pais das tulipas.


É LIVE É SABE
Zouk Retro by Djelany